Regulação da actividade enzimática
Algumas enzimas podem ter as suas actividades reguladas, actuando assim como moduladoras do metabolismo celular, existindo dois modelos de regulação enzimática mais conhecidos: a Modulação Alostérica que ocorre nas enzimas que possuem um sítio de modulaçao, ou Alostérico, onde se liga de forma não-covalente um modulador alostérico que pode ser positivo (ativa a enzima) ou negativo (inibe a enzima). A ligação do modulador induz a modificações conformacionais na estrutura espacial da enzima, modificando a afinidade desta para com os seus substratos; E a Modulação Covalente que ocorre quando há modificação covalente da enzima, com conversão entre formas activa/inactiva. A inibição por retroalimentação é uma posibilidade de regulação da actividade enzimática visto que o produto final da via metabólica pode inibir alostericamente a actividade de uma das enzimas iniciais da via, sendo um "FEED-BACK" negativo, onde o próprio produto da reacção actua como modulador da enzima que a catalisa. Depois temos tambem a repressão catabolica, em que os meios de cultura que contêm glicose devido a existirem operões para o catabolismo de outros açúcares, são reprimidos na presença de glicose, pois os níveis de cAMP vão ser reduzidos.
Regulação génica
A regulação génica permite obter compostos de interesse em maior quantidade sendo isto conseguido de várias formas, podendo ocorrer a nível da transcrição ou a nível da tradução, por introdução de genes que codifiquem para novas enzimas das vias metabólicas, superexpressão de enzimas biossintéticas, tecnologia de RNA antisense, em que o RNA antisense se liga ao mRNA e bloqueia a sua tradução, fazendo com que uma enzima por exemplo não seja sintetizada. Também existem sistemas da próprios que permite regular a produção de enzima, consoante a presença de substrato como é o caso da indução enzimática, em que por exemplo a β-Galactosidase só é sintetizada na presença de lactose. (Figura 5)

Figura 5 - Regulação génica por indução enzimática.
Na repressão vai ser activada a proteína repressora que se vai ligar ao operador inibindo assim a síntese de mRNA, não podendo ser sintetizada a proteína em causa. (Figura 6)

Figura 6 - Regulação génica por repressão enzimática.